

O passado e o presente da saúde em Paraisópolis
O cuidado com a saúde se aprimorou graças a parcerias e ao esforço dos moradores
por Glória Maria
Quem frequenta as UBS da comunidade nem imagina a luta que tivemos para garantir acesso à saúde”, afirma Ivanilda Gomes. Hoje, aos 59 anos, ela fez parte da primeira turma de agentes comunitários de saúde de Paraisópolis, contratada em 2001. Foi nessa época que o Einstein, por meio de uma parceria com a prefeitura, começou a gerenciar os agentes do bairro.
Esse modelo, em que profissionais circulam pelas ruas para atender as demandas da população, não havia sido implementado de forma estruturada na região. “Somos mulheres e desbravamos Paraisópolis com disposição e amor pela comunidade”, lembra Neuza Vicente, 72 anos, que também fez parte da primeira turma de agentes comunitários. Segundo ela, faltavam unidades de saúde na comunidade.
Verdade que o primeiro posto de saúde de Paraisópolis foi levantado ainda na década de 1980, com a ajuda dos moradores. Em 2001, o Einstein estabelece um acordo com a prefeitura e começa a administrar unidades de saúde, entre elas a UBS 1, ampliando o atendimento à população. Somente no mês de julho, passaram pela unidade mais de 13 mil pessoas.
“Por meio de colaborações como essa, conseguimos fomentar nosso propósito de levar saúde a cada vez mais pessoas”, afirma Guilherme Schettino, diretor-superintendente do Cuidado Público e Responsabilidade Social do Einstein.
Tanto Ivanilda como Neuza se tornaram conselheiras de saúde nos anos 2000 e participaram da criação de uma segunda UBS na comunidade. Hoje são três, gerenciadas pelo Einstein. Neuza se aposentou e Ivanilda migrou para a área administrativa da UBS Paraisópolis 2, mas ambas continuam sonhando com mais avanços — sonhos que, como se viu, podem virar realidade.


